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Olá, Bem-vindas ao meu blog :) Neste blog vou conjugar duas coisas que me são essenciais: a escrita e a música. Pois bem, um espaço onde eu posso ser eu, sem esconder aquilo que sou! O que escrevo são histórias, as Fanfic's, cujos intervenientes são especiais, os Tokio Hotel...Eles foram grande parte de mim e nunca os esquecerei ♥ Espero que gostem :b Deixem opiniões (;

terça-feira, 26 de abril de 2011

What would you wish for, if you had one chance? - Capítulo 5/6

Capitulo V What did you wish for?
-Vá diz lá! Conta…
-Conto o quê querida? –Perguntei a Lilly fazendo-me desentendida
-Tu sabes…
Olhei-a confusa mas mesmo assim persisti.
-Conta Emma!
-Ok, mas não te chateies…
-Sim…agora diz…O que pediste?
Ela referia-se àquela coisa que o hospital faz…Isto:
[Start Flashback]
-Bom dia Emma –disse a Dr.ª Judy, psicóloga do hospital
-Bom dia –Retorqui.
-Como estás? –Perguntou não escondendo uma cara desanimada
-Já estive melhor…Dói-me muito  o corpo todo.
-Percebo…Hoje não estou aqui pelas melhores razões. Como sabes os médicos que estão acompanhar o teu caso encontraram umas anomalias. Segundo as contas deles tens probabilidades de não conseguir recuperar.
Eu ouvia atenta as suas palavras enquanto abanava a cabeça. Não estava assustada…quer dizer, não da morte. Mas tinha medo…medo que fosse ficar sozinha para lá da vida ou que sofresse daqui para a frente. Não era isso que queria. Qualquer medicamento que me forçasse a fazer um esforço demasiado grande ou passar por dores demasiado fortes era eliminado, nem que para isso tivesse de recorrer à morte adiantada.
-Entendo. –Respondi apática
A Dr.ª era nova. Quer em idade ou até mesmo na profissão. Notava-se pelo tremor nas palavras, pela voz suave que começou a fazer a partir de um momento da conversa. Tentava esconder a tristeza, e no fundo pena, que sentia por mim. Por pouco que não começou a chorar.
-Queremos saber o que queres…Como sabes este ano o hospital conseguiu reunir ainda mais fundos. O dinheiro vai ser aplicado nesta fase para que tu e os teus amigos que estejam na ‘fase final’ consigam viver bem até não poderem mais.
-Sim…-Pronunciei
-Qualquer coisa…tens alguma ideia?
De imediato respondi-lhe:
-Música…Quero algo animado e coisas que me façam sorrir. Mas a música tem de cá estar. Quero…a minha amiga Lilly. –Apercebi-me de que a Lilly teria menos tempo de vida. Pensei “porque não fazer-lhe uma surpresa?” –Quero os Tokio Hotel!
Ela fez uma cara estranha mas acabou por dizer que ia fazer os possíveis.
[End flashback]
-O que pediste? –Perguntou a desesperar
-Não pedi nada. Desculpa desiludir-te, mas foi mesmo isso –Fiz uma cara séria
-Ai, és mesmo totó! Não pediste nada? Ainda estava com esperanças que pedisses alguma coisa de jeito tipo um CD dos meninos ou umas férias longe deste hospital miserável.
-Porque faria isso? Não tenho nada de especial para pedir. Há outros meninos que querem coisas mais interessantes e assim eu estou a ajudá-los.
-Sim, blá blá…sempre virada para o bem estar dos outros. Mas não me perguntas o que eu vou pedir? –Perguntou excitada
-Força –Disse eu a esperar que ela não dissesse que queria conhecer os Tokio Hotel.
-Eu quero ir ver um concerto dos Tokio Hotel! E quero que venhas comigo!
-Que alívio –Suspirei
-Hein? Que alívio porquê? –Perguntou confusa
-Haaa…Eu…haa…disse isso porque pensei que tu ias pedir uma…
Ia continuar mas fui interrompida:
-Esquece lá! Então, vens comigo? –Perguntou entusiasmada
Sorri, para lhe dar a resposta mas de repente ela contorceu-se toda, caindo no chão de uma maneira assustadora.
-Lilly?! –Perguntei estupefacta
[Bill]
Estava tão bem a ensaiar as melodias das músicas que estávamos a preparar, quando de repente deu-me um aperto no coração. Parecia que algo se estava a passar comigo. Pensei de imediato no Tom. Olhei para trás e ele também estava curvado sobre as pernas. Tinha posto a guitarra de lado.
-Tom? Estás bem? –Perguntei em pânico
Esta tinha sido aquela parte gira do ensaio em que os G’s iam buscar o lanche. Estávamos sozinhos.
-Sim Bill…Tenho um pressentimento que tu estás mais afectado do que eu –Respondeu-me a levantar-se
-Porque dizes isso? –Perguntei feito estúpido
-Se calhar porque estás a deitar sangue do nariz. –Disse a virar as costas para ir buscar lenços.
Levei a mão ao nariz e sim, havia sangue por todo o lado. Por momentos parecia que ia desmaiar.
-Estás mesmo bem Bill? Dói-te alguma coisa?
-Não –Respondi-lhe com sinceridade. –Há pouco senti um aperto mas nada de mais. O que será que se passa? –Perguntei assustado
-Tem calma Bill. Já te disse que não te vai acontecer nada, não já? –Olhou para mim com aquele carinho de irmão mais velho protector
-Hmm Hmm –Respondi com o lenço no nariz, e a cabeça inclinada
Riu-se de mim.
Capitulo VI – Someone is here to talk with you
É verdade. Diz que sim, que está melhor, mas não creio muito nisso.
-A sério Emma, eu estou bem –Olhei-a com olhar de dúvida deitada na cama ligada às máquinas
-Pois, nota-se –Respondi-lhe
-Olha eu não quero saber se se nota ou não. Eu estava a falar contigo antes de desmaiar –Disse a cruzar os braços amuada. –Vens comigo ou não?
-Sabes que é um concerto normal certo? Provavelmente não terás hipóteses de os ver de perto ou de lhes tocar ou de lhes pedir um autógrafo.
-Eu sei…mas eu também não quero. Seria muito mau eles verem-me assim. Talvez dissessem ‘Coitadinha’ ou ‘tudo vai ficar’, mas no outro dia já me tinham esquecido.
-Ok, eu vou. Mas não me peças mais nada.
-Está bem. Combinado.
[No dia a seguir]
A Dr.ª  Judy veio ter comigo e disse-me que sim, seria possível trazer os TH ao hospital. Diz que eles se disponibilizaram na maior e disseram que o faziam se não lhes dessem dinheiro.
Eles são mesmo queridos.
Não interessa. A minha festa de despedida vai ser daqui a dois dias. Estou nervosa. Por um lado posso conhecer os Tokio Hotel e vou confirmar que [Não] estou apaixonada pelo Tom e por outro lado posso dizer ao Bill, ou melhor, ele vai ver com os próprios olhos quem é a Lilly. A pessoa que de certeza o mudará e o deixará diferente no coração.
Mais tarde fui chamada pelo enfermeiro ao quarto da Lilly.
-Sim querida? –Perguntei-lhe
-Eu tenho uma prenda para ti.
-Para mim? –Estranhei
-Sim, é para o nosso concerto. –
Puxou de uma caixa debaixo da cama e deu-ma para as mãos.
Abri a caixa e deparei-me com uma T-shirt.
-Gostas? –Perguntou
-Nem tenho palavras. –Respondi
-É igual à minha. Eu quero morrer com ela.
As palavras dela chocaram-me. Quer dizer, eu sabia que ela era fã, e morrer pela música deles já é suficientemente ‘especial’. Agora, desaparecer do espaço físico com a T-Shirt deles? –Ela merece mais do que ser simplesmente  uma fã. Ela merece ser reconhecida. Reconhecida por eles.
Vesti a camisola e sorri para ela.
[Tom]
-Tom, não te esqueças. Daqui a dois dias não podes ir sair com as tuas pseudo-amigas –Resmungou o Bill
-Sim Bill. Já sei que queres ir ver não sei quem a não sei aonde.
-De borla –Interrompeu
-Sim Bill, de borla. Espera! Tu disseste de borla? –Fiz a carinha de ‘WTF?’
-Sim…Olha, e não sei quem tem nome. Chama-se Emma e está internada.
-Internada? Eu vou para um hospital? Está bem que sou bom, mas não o suficiente para ir curar pessoas ao hospital. Que raio de ideia foi essa?
-Estavas comigo quando decidimos Tom. Isto é, fisicamente, porque estavas a falar com a tua amiga loira ao telemóvel né?
-Talvez, e amiga loira tem nome. Chama-se Chantelle  e é boa como o milho!
-Pena eu não gostar de pipocas –Respondeu
-Ok, diz lá. ´
-É um concerto de solidariedade. Os médicos dizem que ela tem pouco tempo de vida e uma amiga na mesma situação.
-Se ao menos fossem boas –Respondi
-Tom, se tivesses o teu irmão no hospital o que farias? Se soubesses que ele estaria a morrer provavelmente farias tudo para ele morrer feliz!
-Ok, ok. Já não melgo mais.

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Fui♥

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